"Zombar da filosofia, é na realidade, filosofar" (Pascal)

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Schopenhauer... O filósofo...

"Para muitas pessoas, os filósofos são noctívagos inoportunos que as perturbam durante o sono."
(Schopenhauer)

Belo = Moral???


O aluno de mestrado Luciano Ezequiel Kaminski, apresentou em sala uma dúvida sobre sua monografia e como pretende solucioná-la. E qual seria a indagação? Em Kant, o Belo como símbolo da moralidade.
Para tentar explanar bem a sua possível interpretação, o aluno produz uma linha de raciocínio para explicar os meios e os materiais utilizados para alcançar a suposta resposta de seu questionamento. Inicia sua explicação apontando a filosofia transcendental kantiana e a sua influência, na sua posterior afirmação.
Destaca que a razão não se delimita as experiências, segundo Kant, pois eleva/transcende ao infinito. Sendo o agir moral uma consciência mediante a conseqüência da razão, com efeito, na sensibilidade. Ou seja, apresenta o símbolo como uma permissão que compreende o universo favorável. Colocando como princípio a priori o Belo como símbolo da Moral.
Por fim, Belo é um resultado de uma conjunção entre a fantasia e o intelecto, quer dizer, através da contemplação do belo nosso espírito se harmoniza com a perfeição e assim o intelecto é como um instrumento do espírito. Já o Sublime é uma união entre fantasia e razão, explicando melhor, neste caso não ocorre uma harmonia como no conceito de belo, mas sim um contraste. A origem do conceito de sublime na filosofia kantiana está no sentimento, e neste sentido é o sublime e não apenas o belo que é capaz de promover uma elevação espiritual. Para Kant a moralidade tem este sentido quase religioso, pois a ética é uma questão de dever e não uma questão de escolher a melhor entre várias opções e só o cumprimento do dever nos coloca em contato com o belo e possibilita a realização racional do sublime.
Por outro lado a moral, Kant afirma que a base para toda razão moral é a capacidade do homem de agir racionalmente.E que o Belo estaria associado a ele como um símbolo, mas tomando o devido cuidado para não confundir símbolo como sinônimo da moralidade.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Como usar o tempo...


"As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo.

Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo."

(Arthur Schopenhauer)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Eros e Tânatos?


Kant afirma que o imperativo categórico valida a ação, mas não a transforma em universal. A ação não tem importância em si, mas a adequação desta ação ao princípio de poder torná-la universal. O problema é a determinação de tal ação, assim como uma regra lógica sendo aplicada ao enunciado: o enunciado em sua natureza não importa, o que importa é a sua construção dentro do imperativo categórico.
A partir desta concepção Kant aponta para a vontade. No entanto, se esta vontade não pode trazer um valor ético – o que a torna egoística – torna-se então em qualquer coisa menos moral, e principalmente em máxima universal.
Pode-se tentar fazer um vislumbre desta noção, no filme sob a direção de Liliana Cavani, intitulado “O Porteiro da Noite” (1974), no qual há uma tomada de cenas que tentam fomentar a noção do sadismo e masoquismo em Freud. Que seguindo os princípios e distanciamentos distintos de Kant, Freud impregna a vontade. Vontade esta insaciável e o instinto sexual que pode levar a dois tipos de pulsões: EROS E TÂNATOS.
O prazer satisfeito à partir do sadomasoquismo é contemplado, exclusivamente, a personagem Maximilian Theo Aldorfer (ou, Max), em sua luta exacerbada para desviar seus pensamentos (relação com o seu passado, como membro da SS e o nazismo), e buscar sempre a perfeição e punindo-se sempre. Há o envolvimento de Max e Lucia o que acarreta em uma retomada de todos os conflitos psicológicos antes “esquecidos” por estes.
A vontade destes estarem juntos, acarreta em uma vontade ligada ao desejo, o que para Kant não leva a uma ética, apenas à paixão. Freud e Lacan, no entanto, difundem a hipótese das relações do superego, a saber, as pulsões de vida (EROS) e de morte (TÂNATOS), que estão em constante conflito na vida dos indivíduos.


Observação: Este comentário faz referência ao tema exposto em sala de aula (dia 19/04/2008), pela psicóloga e aluna de mestrado Leyserée (Kant – Freud – Lacan) e a indicação de filme para obter-se um paralelo foi do professor Daniel (“O Porteiro da Noite”).

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Kant e a virtude


Ao expor como objetivo primordial de seu trabalho de mestrado, a da noção de virtude trabalhada por Kant, a professora Sônia, aponta hipóteses para a sua monografia e tenta fazer ligações, principalmente com Marco Aurélio e Cícero. Visto que para se atingir esta moral pura há de se perceber a noção de virtude para Kant.
Em seu livro intitulado “ A Metafísica dos Costumes”, Immanuel Kant, aponta para o entendimento de sua noção de virtude. Para o filósofo, esta seria uma força moral da vontade, que designaria a conduta do homem como sendo virtuosa ou não.
A noção de uma ação que receba o mérito de virtuoso, deve estar livre da vontade, pois estando presa a esta não seria considerada de um grande valor moral e ético.O domínio de si mesmo, é o principal enfoque para atingir a virtude, pois controlaria os desejos advindos da vontade e permitiria que o indivíduo fosse capaz de conquistar uma conduta moralmente boa e virtuosa.
“O sábio é classificado de insensato, o justo de iníquo, se busca a virtude além do que seja suficiente”, nesta frase de Horácio, há a pretensão de Kant observar que exista, talvez, uma certa medida para alcançar os objetivos de uma ação boa. Coloca como exemplo, que um indivíduo pode ser considerado virtuoso pelo simples fato de permitir que nada seja moralmente indiferente.
A natureza humana é levada a ter uma conduta moral, pois possui os indivíduos possuem características que o propiciam a ter uma conduta moral e ética concatenada nas ações de aprimoramento para o ser humano.
Por fim, este estudo baseia-se em uma pesquisa que terminará com a deseja da monografia por parte da Professora Sônia, o que terá como fundamento principal as questões dos valores apontados por Kant em sua obra, bem como as possíveis ligações que esta tem o intuito de fazer com os estóicos.

Vontade X Verdade

Nome Original: The Life of David Gale
Diretor: Alan Parker
Elenco: Kevin Spacey, Kate Winslet, Laura Linney
Ano: 2003
País: EUA
Duração: 130 minutos

Ao se defrontar com esta instigante produção cinematográfica, os espectadores ficam sem fôlego. A trama gira em torno do suposto assassinato de Constance, uma grande defensora dos ideais contra a pena de morte nos Estados Unidos. No entanto, o maior suspeito deste crime é, na verdade, seu melhor amigo – que foi condenado à pena de morte – e um grande intelectual, seu nome, David Gale.
Schopenhauer (1788-1860), ao apontar a vontade como centro de sua filosofia, teve um audacioso intuito: demonstrar que os indivíduos são movidos para saciar os desejos pela vontade. A Vontade, é o que faz da vida um pêndulo tenebroso, segundo o filósofo, pois ele permearia entre o tédio e o desespero.
No filme intitulado “A vida de David Gale”, há a possibilidade de desenvolver uma reflexão em torno de dois fatores importantes apresentado na película, são eles: a verdade, e a vontade.
Como Gale e Constance estão engajados por um fator que provém uma causa, ou seja, estão unidos pela luta contra a pena de morte, há uma grande vontade por parte de ambos para a realização de uma benfeitoria para esta questão. E, por este motivo o que os leva a fazer tudo é a insaciável noção de satisfazer esta vontade que nunca se sacia.
No entanto, após a morte de sua amiga, Gale é indiciado como culpado do seu assassinato. Condenado á morte, e nos seus últimos dias de vida pretende conceder uma entrevista a uma jornalista com o intuito de esclarecer os fatos e deixar uma boa lembrança sua para seu filho.
A verdade é colocada em questão, mas ao mesmo tempo a vontade age em sua conduta. Gale mesmo comenta que, ele sabia como e quando morreria, só não poderia dizer por que. Há uma constante luta entre a vontade a noção de verdade, o que proporciona aos espectadores uma gama de reflexões em torno do filme.



Grande escritor...




"Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade.

A liberdade não é um fim, mas uma consequência."

(Leon Tolstói)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Epíteto...

"Bem como há uma arte de bem falar, existe uma arte de bem escutar."
(Epíteto)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Epicuro...

"A morte não é nada para nós, pois,
quando existimos,
não existe a morte,
e quando existe a morte, não existimos mais."

(Epicuro)

Felicidade é...

"A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos."
(Schopenhauer)

sábado, 12 de abril de 2008

Ir Direto ao Assunto


" Muitos dão cem voltas ao redor do mesmo ponto e se perdem num falatório sem fim, cansando a si mesmo e aos outros, sem nunca chegar ao âmago da questão. Quem procede assim tem pouca clareza de idéias. São pessoas confusas, que desperdiçam tempo e paciência no que não deviam e, depois, ficam sem ambos para o que realmente importa."

(Baltazar Gracián - A Arte da Prudência)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Projeto de aula : proposta do caderno de atividades

Introdução

Ética – do grego ethos, que designa modo de ser e caráter. Permite que os indivíduos se relacionem de uma maneira harmoniosa com a natureza e a sociedade, quer dizer, o modo como o ser se relaciona com estes meios através da moral.

Ética psicanalítica - denomina-se como uma exigência de sustentação do desejo, ou seja, a partir do fato de que o desejo impere sobre a razão, esta ética torna-se uma ética trágica. Lacan descreveria como na tragédia grega de Sófocles, “Antígona”. A vontade de saciar o desejo é enaltecida na psicanálise, uma coisa que é perdida desde sempre, o que mobiliza o indivíduo a estar sempre em busca de algo, alguma coisa que está perdida desde sempre (desde o nascimento, e que talvez a encontremos novamente na morte). Posto isto, funda-se a ética psicanalítica que estaria sempre preocupada com a busca de algo perdido.


OS PENSADORES
Sigmund Freud (1856 – 1939)


Biografia:
Psiquiatra e neurologista de origem austríaca e checa. Pelas teorias sobre a mente inconsciente, o mecanismo mental protetivo da repressão e sua redefinição de desejo sexual é tido como o pai da psicanálise.
Até hoje é uma figura incompreendida em alguns meios científicos pela sua utilização dos sonhos como fonte valiosa para tentar obter os elementos contidos no subconsciente, bem como o próprio corpo de suas obras é objeto de debate.
Vontade e a ética:
Freud ao tratar a vontade a divide em duas ordens, a vontade de vida e a vontade de morte. A vontade de vida, libido, é a energia produtiva no ser humano. Já a vontade de morte, thanatos, é a necessidade humana de retornar ao estado de paz, calma. O primeiro leva o indivíduo a evitar desprazeres extremos que põem em risco a vida. Por outro lado este, último, leva a prazeres extremos como forma de levar à morte. No tocante ao exposto, a ética seria algo em que se emprega uma constante busca, e esta busca é pela COISA perdida desde sempre. Porém, talvez, o único lugar que se encontre a mesma seja na morte.


Jacques-Marie-Émile Lacan (1901 – 1981)
Biografia:
Psicanalista francês, formado em medicina com especialização em psiquiatria. Sua contribuição maior se deu pelo avanço nas teses de Freud. As três ordens (o imaginário, o simbólico e o real) figuram como os aspectos teóricos que marcaram seu pensamento pós-estruturalista.
Vontade e a ética:
A vontade lacaniana em muito segue a estrutura proposta por Freud, centra a construção nesta. A psicanálise é o veículo capaz de revelar a verdade por trás da vontade, e assim possibilitar eventos como a cura. Detalhe particular é a diferenciação feita por Lacan de vontade e necessidade. A necessidade é um motor biológico, instinto, que cria a demanda do corpo por certa coisa. Quando o instinto é atendido, porém sempre insatisfeito, o que permanece é a vontade. Vontade não é uma relação com uma coisa, mas sim com a falta dela.
Como para este psicanálise é o método para se chegar ao seu próprio ser, assim há a elaboração da idéia de sujeito. Disto, vontade cotejada com ética se tem que a psicanálise como uma experiência ética, estava baseada em uma concepção ética (desejo).

Questionando e Refletindo...

1. Qual a diferença notável entre a ética e a ética da psicanálise?
2. Através da distinção entre ética e a moral?
3. Como é possível fundamentar a ética no desejo?
4. Com base na função psicanalítica da ética, como no contexto em que vivemos, esta poderia ser aplicada? Quais fatores contribuem para esta noção?
5. Qual ao ponto de fundamentação da ética na psicanálise?
6. Para você, o que seria a busca pela “coisa que foi perdida”, segundo Lacan?
7. Como é possível a psicanálise como experiência ética?
8. Segundo as teorias psicanalíticas, o desejo é algo insaciável e que está em constante busca da satisfação. O desejo é realmente algo insaciável, em todos os sentidos?
9. Porque muitos filósofos lançam o desejo como algo não ético, e para psicanálise o desejo é uma experiência ética?
10. Com base na psicanálise de Freud e Lacan, elabore um conceito original sobre a ética psicanalítica.


LIVROS

MILLER, Jacques-Alain. Percurso de Lacan, uma introdução. Jorge Zahar Editor.
JORGE, Marco A. Coutinho. e FERREIRA, Nadiá P. Lacan,O Grande Freudiano. Jorge Zahar Editor.
FREUD, Sigmund. Interpretação dos Sonhos. Editora Imago.
JORGE, Marco A. Coutinho. e FERREIRA, Nadiá P. Freud – Criador da Psicanálise. Jorge Zahar Editor

FILMES
CÃES DE ALUGUEL, de Quentim Trantino.
PLATOON, de Oliver Stone.
O CLUBE DO IMPERADOR, de Michael Hoffman.

Ética psicanalítica

segunda-feira, 7 de abril de 2008

ótima esta aqui

"...já que neste mundo, em toda parte, nada se espera, nada se exige e nada se obtém por dinheiro a não ser mediocridade, temos de nos haver com esta também aqui." (Schopenhauer)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Essa eu tive que postar


"Ás vezes converso com os homens do mesmo modo como as crianças conversam com seus bonecos: embora ela saiba que o boneco não compreende, usando de uma ilusão agradável e consciente, consegue divertir-se com a comunicação" (Arthur Schopenhauer, A Arte de Insultar)

Religião Moral em Kant


Para Kant, a lei moral não é necessariamente o que a cultura dita, pois existe uma lei que pode ir contra a cultura para se atingir a moral. O imperativo categórico kantiano (lei moral) determina que a vontade seja livre do sujeito, que esta é influenciada pelas paixões. O imperativo categórico passa a ser considerado digno e virtuoso. Posto isso, torna-se o sentimento moral, que age sobre a cultura.
A religião é vista como uma lei moral, que pode ser definida por duas vias: pela fé eclesial e pela fé racional. No entanto, a fé eclesial que fundamenta os estatutos e as religiões com dogmas, por exemplo, o cristianismo, é passível de erro. Ou seja, não pode ser considerada digna e virtuosa.
Todavia, a fé racional é calcada na boa conduta dos indivíduos, que seria a união dos homens pela lei de virtude que está inscrita no coração de cada um. O que Kant, utilizará como método para atingir o fim último: o Bem Supremo. Essa conduta moral tem um legislador, ao qual fica á cargo de Deus, este é que tem em seus poderes a definição das ações dignas e virtuosas.
Ao expor como objetivo primordial de seu trabalho de PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), a possibilidade da religião racional derivada da moral pura, o aluno Jorge Vanderlei Costa da Conceição explicita a real hipótese da existência de uma religião racional baseada na moral pura. Visto que para se atingir esta moral pura há de se perceber a noção de fé racional.
Pois a partir da concepção da idéia de que através da fé racional se consegue construir toda uma boa conduta permeada pela união dos homens consigo, a moral pura vai ganhando espaço e fazendo crescer raízes e concatenando na formação de uma religião racional.
Em Kant, a experiência só é a validade de uma noção anterior ao objeto, ou seja, da moral pura é derivada a religião racional que advém desta os deveres morais que são por fim lançados como mandamentos divinos, aliando o inatismo e o empirismo em suas reflexões sobre a religião.
Esta redução da religião moral racional pela moral pura, intui a preocupação de Kant em admitir que a partir do momento em que há o contato da religião racional com a sua causa e seu fim último – Supremo Bem – a busca irá sempre seguir um movimento ascendente.

Fé vs Lei Moral: Será que Vontade Basta?

Jesus de Scorsese

" Se deus fez este mundo, eu é que não gostaria de ser este deus:a miséria aqui presente despedaçaria meu coração" (Arthur Schopenhauer)

Nesse aforismo de Schopenhauer, é possível fazer um comentário sobre a personagem de Cristo do filme de Scorsese. Há a evidência de um Cristo fraco, deprimente e sem convicções, o que o tornaria muito frágil e incapaz de conseguir o fim último de Deus: a remissão dos pecados da humanidade.
A frase do filósofo alemão tem o intento de demonstrar que o mundo é um verdadeiro caos sim, no entanto, existe a possibilidade de amenizar a situação presente.

A vontade em foco


“A dualidade da natureza de Cristo – a necessidade, tão humana, tão sobrehumana, do homem de atingir Deus – tem sido um mistério profundo e insondável para mim. Minha principal angústia e a fonte de todas minhas alegrias e sofrimentos desde a juventude tem sido a incessante, impiedosa batalha entre o espírito e a carne... e minha alma é a arena onde estes dois exércitos têm lutado.” Com esta afirmação Nikos Kazantzakis define de uma maneira interessante a forma como vontade se instala no ser humano e suas causas e conseqüências em nossas vidas.
No filme de Martin Scorsese “A última tentação de Cristo”, há a evidência do que Schopenhauer (filósofo alemão, séc. XVIII-XIX) definiria como Vontade. Vontade esta capaz de expor os indivíduos ao mais tenebroso caos dentro de si, uma constante luta interior para dizimar ou satisfazer esta vontade. Na personagem de Cristo, fica explicito os conflitos vivenciados por este e a sua luta para cumprir a vontade de Deus, ou seja, há uma “Negação da Vontade” forçada.
O oposto desta visão fica evidente na produção cinematográfica “A Paixão de Cristo”, sob direção de Mel Gibson. Ao mostrar na película as últimas 12 horas de vida de Jesus Cristo, a exposição gira em um foco diferente do Cristo de Scorsese. Cristo (de Gibson) mostra-se mais caridoso e sereno, tem consciência do que irá lhe ocorrer. Neste caso, Arthur Schopenhauer ao definir em sua filosofia a metafísica da ética a COMPAIXÃO, expõe que este ato de passividade onde há a negação do egoísmo permite se chegar ao mais alto grau de contemplação, o que para o filósofo é o fim último e supremo o que vai contra a Vontade.
Ou seja, no Cristo de Gibson há a clara noção de que este se compadece da humanidade, sente seus sofrimentos – pecados – e quer saná-los; não suporta a dor que eles têm e quer de algum modo extermina-la. E qual é o modo que Cristo encontra? É o caminha e o fim último para que isto ocorra através de sua paixão e morte na cruz.